Confiança no Perdão do Senhor (Salmo 130). Uma canção que ecoa o perdão de Deus aos seu filhos, anunciando que mesmo diante de nossos muitos pecados Deus é misericordioso e nos chama ao arrependimento e a confissão.
Salmo 130 (KJA)
Cântico de peregrinação.
1.Das profundezas clamo a ti, ó Eterno;
2.Senhor, ouve a minha voz; teus ouvidos estejam atentos ao clamor das minhas súplicas!
3.Se mantivesses diante de ti a imagem viva de todas as nossas iniquidades, quem se livraria da condenação eterna?
4.Contudo, em ti está o perdão, pelo que és reverenciado!
5.Aguardo no SENHOR, espero com toda a minha alma e tenho certeza quanto à sua Palavra.
6.Todo o meu ser espera no SENHOR, mais que as sentinelas pelo romper da alvorada.
7.Israel, deposita toda a tua esperança no SENHOR! Pois no Eterno há misericórdia sem fim, e com Ele vem plena redenção.
8.Ele pessoalmente redimirá Israel de todos os seus pecados!
As Divisões do Salmo
O Salmo 130 transmite uma ideia: “Deus é cheio de perdão”. O salmista no entanto, divide o desenvolvimento dessa tese em 3 partes nesse salmo.
Nos versos 1-3 ele desenvolve o quanto somos pecadores e dignos de condenação eterna. Nos versos 4-6 ele apresenta o perdão do Senhor e mostra o quanto ele confia nele.
Por fim, nos versos 7 e 8 ele faz um convite a Israel também confiar no perdão do Senhor e inspirado por Deus realiza um profecia.
Vamos ver de perto cada uma desses pequenos tópicos que o salmista desenvolve e consequentemente vamos entender o motivo pelo qual devemos confiar no perdão do Senhor.
A Condenação Eterna
O Salmo já inicia com o salmista em uma posição não muito boa, ele afirma estar clamando o Senhor da profundezas, claramente um estado ruim de espírito. No verso 2 ele clama ao Senhor para que ele o responda, mostrando o quanto ele necessita da ajuda divina e do socorro do Senhor.
Lendo esses 2 primeiros versos já julgamos que o salmista reivindica justiça divina, que não é justo ele estar nas profundezas, ele realizou boas obras e merece ser recompensado por isso. Todavia, não é isso que ele acredita.
No verso 3 ele declara que se o Senhor não fosse misericordioso com seus filhos receberíamos a condenação eterna.
E ele não apresenta essa ideia como se fosse algo injusto, muito pelo contrário, ele súplica a Deus por misericórdia, mas em nenhum momento considera o seu sofrimento como algo injusto, visto que até o próprio eterno teria o direito de lhe condenar.
Temos uma tendência a negarmos a ira divina. Isso se dá pelo fato de negarmos que somos pecadores e que cometemos iniquidades contra Deus. A ira de Deus é santa e justa, não somos dignos de nada, nosso coração age contra o Senhor.
O Perdão do Senhor
Como um complemento da ideia anterior, no verso 4, o salmista afirma que mesmo diante de seus pecados o perdão está em Deus, pelo que ele é reverenciado.
O salmista apresenta não somente o perdão do Senhor, mas também a confiança que ele deposita nesse perdão nos versos 5 e 6.
Ele afirma que todo o seu ser encontra descanso, não em suas boas obras e justas ações, mas no perdão do Senhor. A esperança do salmista é que o senhor o ouvirá das profundezas e virá o salvar, pois o Pai perdoa.
A Redenção de Israel
Como é bastante comum em todo o livro de Salmos, ao final dele o salmista convida Israel e fazer como ele fez, nesse caso, o salmista convida Israel a também confiar no perdão do Senhor.
No entanto, esse salmo possui um diferencial, pois ele não apenas convida Israel a confiar no em Deus mas também lhes concede uma promessa: “Ele (Deus) pessoalmente redimirá Israel de todos os seus pecados!”
O salmista conclui mostrando que o perdão de Deus não é passivo, mas ativo. Deus não redimiria os pecados apenas de forma abstrata, mas ele próprio, pessoalmente, viria redimir Israel. Não de forma abstrata, mas de maneira clara e visível ao seu povo.
Esse promessa do Salmo 130 se cumpre em Cristo, que sendo o próprio Deus vem a Terra com o intuito de redimir Israel.
Entretanto, os seus o rejeitaram, o seu povo o negou, mas mesmo assim ele prosseguiu com sua missão e estende sua obra salvífica na cruz a todos que crerem e confessarem o seu santo nome.
A Boa Notícia
A boa notícia de Deus ao mundo é essa: Jesus morreu como cordeiro santo como propiciação dos pecados da humanidade. Entretanto, ele não permanece morto, ele ressuscitou e está a destra do Pai e prometeu voltar para nos buscar.
O Pai no envia para anunciar esse boa velha nova, nos concedendo o Santo Espírito, que testifica a obra do filho em nossos corações.
Deus é Deus de perdão e de misericordiosa, o preço já foi pago por Cristo na cruz.
Descansemos e confiemos agora no perdão do Pai, pois nele está o perdão, pelo que é reverenciado.
Por: Danilo Mimi
Que o Senhor Ilumine os seus passos!
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