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Crucificando a Carne com Cristo

Crucificando a carne com Cristo. O livro de Gálatas é uma das cartas escritas por Paulo lá no novo testamento e é um dos principais responsáveis por nos ensinar o conceito da carne contra o espírito. O capítulo 5 enfoca isso de maneira notória e tipifica diferentes tipos de obras da carne e frutos do espírito, por exemplo.

Sendo assim, após nos mostrar essa ideia, Paulo, em seu livro, nos recomenda crucificarmos a nossa carne, nossas paixões e nossos desejos. Sendo esse, um sinal de que verdadeiramente estamos em Cristo.

Essa recomendação do Apóstolo é um pouco abstrata para nós e muita das vezes não entendemos a profundidade que ela tem para nós. Nesse texto, Paulo está nos mostrando claramente que o único caminho aceitável para vivermos em Cristo, e andarmos no espírito, é crucificando a nossa carne.

Crucificar é uma sentença de morte. Quando ele utiliza esse termo, ele está mostrando o quão deve ser radical a nossa postura contra o pecado e a carne.

No artigo de hoje, eu gostaria de refletir juntamente contigo sobre a importância de crucificarmos a nossa carne como um caminho para nos aproximarmos de Deus e vivermos no espírito.

Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. (Gálatas 5:24)

A Crucificação e a Morte

Como leitores modernos, nós perdemos facilmente muitas belezas do texto bíblico, justamente por estarmos distantes do contexto histórico em que foi escrito. Um exemplo claro disso é a utilização do Apóstolo Paulo do termo crucificação no texto acima.

Para absorver melhor o que Paulo quer passar, precisamos entender que crucificação para o mundo antigo era um símbolo puramente de morte. A cruz era uma ferramenta de punição utilizada para punir e matar inimigos ou infratores. O fato do apóstolo estar utilizando tal termo serve como uma maneira de intensificar ao extremo a sua mensagem, mostrando a sua importância.

Tamanha intensidade aponta para o quanto a carne é prejudicial para nossas vidas e nós como cristãos devemos combate-la, tal como as paixões e desejos do nosso coração. Paulo está nos alertando pelo Espírito Santo que devemos matar a nossa carne.

As Obras da Carne

De certo modo, podemos pensar que tal expressão de Paulo é um exagero e que nossas paixões e desejos não são tão ruins assim. Porém, para entendermos melhor a importância de crucificar a carne, precisamos voltar alguns versículos e nos conceituar no tema que o Apóstolo vinha desenvolvendo. Anteriormente ela enumera o que ele chama de Obras da Carne:

Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;
idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções
e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5:19-21)

Tais coisas que ele cita ofendem diretamente ao Senhor e, o pior de tudo, é que são coisas que fazemos genuinamente, sem muito esforço. O centro do seu discurso está justamente nessa ideia. Apesar de tentarmos ser boas pessoas, a nossa carne e nossos desejos sempre recorrerão a tais atitudes que ofendem a Deus. Todos nós nascemos e passamos a agir na carne, negligenciando a Palavra de Deus e cometendo as obras da carne.

A única maneira de sermos verdadeiramente libertos dessa situação é através da crucificação da carne, da mortificação dela. E para isso, precisamos orar para que o Espírito Santo nos dê uma nova vida.

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Vivendo uma Vida Nova

Quando a Bíblia nos convoca a matar a carne, nós genuinamente tememos por isso, uma vez que a carne nos concede prazeres momentâneos e nos proporciona bem-estar em alguns momentos. A tarefa de abandonar os nossos desejos e deixa-los para trás nos provoca medo, a apreensão de estarmos abrindo mão da nossa própria vida, o que é um fato.

Contudo, Deus não nos convoca a abandonarmos o estilo de vida antigo para vivermos vazios, sem propósito ou alegria. Ao invés disso, o que Ele realmente nos oferece é uma nova vida, uma nova maneira de viver e de encontrar satisfação.

A diferença se dá que agora não continuamos com nossas práticas egoístas, vivendo longe de Deus e experimentando prazeres momentâneos somente. Mas, muito pelo contrário, o Senhor nos proporciona uma vida que honra a Deus e é repleta de felicidade no Senhor, uma vida marcada por fé que consegue encontrar prazer em Deus mesmo quando tudo está dando errado.

O chamado de crucificar a carne não se encerra ai, mas esse é apenas o passo inicial para começarmos a viver no espírito, experimentando e se relacionando com Deus todos os dias. Abandonar os desejos e as paixões na cruz, matando-os e seguir a Jesus não é o fim da história, mas apenas o começo dela.

Espero que você possa ter entendido a importância de se crucificar a carne e que possa agora orar para que Deus transforme a sua vida verdadeiramente.

Que Deus em Cristo ilumine os seus passos!

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